Por 68 votos a favor, oito contra e duas abstenções, o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) foi confirmado nesta quarta-feira como o novo presidente do Senado Federal. Único candidato a concorrer à sucessão de Renan Calheiros (PMDB-AL), ele foi considerado um nome de consenso tanto para governo quanto para oposição. A sessão foi aberta, mas a votação, secreta.
Os três senadores que não compareceram à votação foram Mozarildo Cavalvanti (PTB-RR), Romero Jucá (PMDB-RR) e João Vicente Claudino (PTB-PI).
Garibaldi foi eleito para exercer um mandato-tampão. Ele fica no cargo até fevereiro de 2009, quando terminaria o mandato de Renan, que renunciou ao cargo na semana passada.
A previsão é que, em instantes, Garibaldi faça um discurso já como presidente e passe a palavra a senadores que quiserem se pronunciar.
Aos 60 anos, Garibaldi Alves Filho foi, por três vezes deputado estadual pelo Rio Grande do Norte, uma vez prefeito de Natal, capital do estado, três vezes senador e duas vezes governador.
No ano passado, foi relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos, quando, no relatório final, sugeriu o indiciamento de 79 pessoas e quatro empresas, entre elas o ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, o ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz e a empresa Gtech Brasil.
Ao chegar ao Senado, Garibaldi disse acreditar que as sugestões de indiciamento não irão atrapalhar suas relações com o Palácio do Planalto. "O presidente [Luiz Inácio Lula da Silva] e eu já deixamos isso para lá", afirmou.
No início da sessão, o líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), agradeceu os senadores que apoiaram a indicação de Garibaldi Alves Filho. "Foi muito importante esse entendimento."
ABr