Deputados e lideranças políticas de oposição ao governo Jaime Lerner (PFL) estão realizandfo o Fórum contra privatização da Copel, com a finalidade de coordenar uma campanha para barrar a venda da estatal. Pelas previsões do governador, a privatização deve ser concluída até o fim do ano.
Os deputados pretendem organizar medidas contra a transferência da companhia para o capital privado em várias frentes. Participaram do lançamento do Fórum no plenarinho da Assembléia Legislativa deputados do PMDB, PT e PDT.
De acordo com o deputado José Maria Ferreira, único oposicionista do PSDB, e um dos organizadores da reunião, o Fórum coordenará todas as campanhas. "Teremos ações públicas, para envolvimento de todos os segmentos da sociedade, jurídicas, legislativas e políticas", disse. O Fórum vai se reunir nos principais centros do interior do Estado nos próximos meses.
Nesta quinta-feira seus integrantes devem estar em Ponta Grossa. Para os próximos dias há audiências marcadas nos municípios de Sarandi e Maringá. Depois de cada reunião do Fórum serão montadas comissões regionais contra a privatização.
"Essas reuniões serão públicas, inclusive com comícios contra a privatização", antecipa o deputado. Paralelo às manifestações públicas, o Fórum está preparando um estudo técnico sobre a importância da Copel para o desenvolvimento do Estado e sua participação na economia local.
O Fórum oficializou a exigência de que o governador exonere do cargo de presidente da Copel o Secretário de Estado da Fazenda, Ingo Hubert. "Um presidente de empresa pública que deprecia a imagem dessa instituição não merece ser mantido no cargo", diz.
O ex-presidente do Coselho de Administração da Copel, Nelton Friedrich, atual presidente do diretório estadual do Partido Democrático Trabalhista (PDT) participou do lançamento do Fórum. Segundo ele, a empresa permitiu o desenvolvimento do interior do Paraná. Friedrich esteve no Conselho Administrativo da Copel entre 1983 e 1986.
"O Clic Rural (programa de eletrificação rural) só foi viabilizado porque contávamos com a força da Copel nas mãos do governo, pois os grandes programas sociais precisam de estatais fortes para serem consolidados", afirmou.