Política

Fim do pedágio é mau negócio, entendem integrantes da CPI

08 mai 2003 às 10:26

Gradualmente, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Pedágio, instalada na Assembléia Legislativa a pedido da base de apoio ao governador Roberto Requião (PMDB), vai se afastando cada vez mais do discurso do próprio governador.

Enquanto o peemedebista endurece o jogo com as concessionárias, ameaçando romper os contratos que autorizam a exploração do sistema viário, os deputados que integram a CPI vão se acostumando com a idéia de que o fim do pedágio seria um mau negócio para o Estado.


Para o deputado Barbosa Neto (PDT), o depoimento do superintendente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Nelson Costa, nesta quarta-feira à CPI foi emblemático sobre a questão.


''A Ocepar mesmo afirmou que é favorável ao pedágio pela melhoria das estradas. A reivindicação da entidade é que a tarifa seja reduzida para setores da agricultura e da comercialização de insumos que estão sentindo mais o impacto da cobrança'', explicou.


Segundo Nelson Costa, produtos como o calcário e alguns tipos de grãos, que possuem um valor por tonelada baixo, acabam tendo seus preços elevados devido à cobrança do pedágio.


Para o presidente da CPI, André Vargas (PT), a solução para o pedágio deveria passar pelo diálogo entre governo e concessionárias.


''Uma solução traumática não seria adequada. Mas as concessionárias também precisam mostrar maleabilidade, e buscar uma adequação da tarifa à realidade econômica do Estado'', argumentou Vargas.

Barbosa Neto espera que a CPI do Pedágio possa apresentar seu relatório final antes de uma decisão final ser tomada pelo governador.


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