O secretário de Desenvolvimento Urbano, Lubomir Ficinski, promete entregar na próxima segunda-feira sua carta de demissão ao governador Jaime Lerner (PFL). O prazo para desincompatibilização vence no dia 5 de abril, e Ficinski, filiado ao partido do governador, quer ser candidato.
Pela legislação eleitoral, quem tem cargo no governo precisa ser exonerado seis meses antes da eleição. O secretário foi um dos nomes colocados durante reunião do PFL como pré-candidato à sucessão estadual, junto com o deputado federal Rafael Greca. Ficinski garante que pretende disputar o governo e que não se interessa pelo Legislativo. Nos bastidores, entretanto, a avaliação é que ele deve mesmo buscar uma cadeira na Assembléia Legislativa.
O secretário deverá ser testado na pesquisa que o presidente da Assembléia, Hermas Brandão (PSDB), vai encomendar no início de abril. Brandão quer medir a performance dos pré-candidatos ao governo.
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Setores do PSDB estão inseguros em relação ao desempenho do vice-prefeito de Curitiba, Beto Richa, e acreditam que ele deveria abrir espaço para outro candidato. Uma das possibilidades é o diretor brasileiro da Usina de Itaipu, Euclides Scalco, que pode se desincompatibilizar na próxima semana. Scalco, no entanto, prefere negar. Disse que não recebeu nenhum convite do presidente, de quem é antigo aliado. Scalco foi um dos coordenadores da campanha de FHC.
Ficinski não tem o apoio fechado da legenda ou do governador para a empreitada. Lerner prefere defender a candidatura de Beto Richa. O secretário garantiu que não será ele o obstáculo a uma possível coalizão governista. ''Não vou me opor a um acordo que seja pilotado pelo governador'', assegurou.
Leia mais em reportagem de Maria Duarte na Folha de Londrina desta sexta-feira