Depois de receber um levantamento da procuradoria-geral do município apontando irregularidades na administração de Rízio Wachovicz, o atual prefeito de Araucária, Albanor Gomes (PSDB) promete levar a denúncia ao Tribunal de Contas.
A auditoria já foi entregue pelo prefeito de Araucária, Albanor Gomes (PSDB), ao Ministério Público. Os desvios apontados em 15 dos 60 processos analisados chegam a R$ 2,4 milhões. Entre os problemas apurados estão o superfaturamento de obras, falsificação de documentos e pagamento de obras inacabadas.
O procurador-geral do município, Genésio Natividade, diz que a maior parte das denúncias se concentra no segundo semestre do ano passado, no final do mandato de Wachovicz. Ele não quis calcular, entretanto, a quanto podem chegar os desvios depois que a equipe de nove procuradores do município analisar todas as contas do ex-prefeito, que cumpriu o mandato entre 1997 e 2000.
Araucária detém a segunda maior arrecadação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), atrás somente de Curitiba, e conta com um quadro funcional de 3.100 servidores. A folha mensal de pagamento consome R$ 3,5 milhões dos cofres municipais, que arrecadam aproximadamente R$ 8 milhões. O orçamento para este ano é de R$ 116 milhões e a dívida do município com fornecedores alcança R$ 47 milhões.
O ex-prefeito nega todas as acusações e afirmou à reportagem da Folha "estar indignado com a conclusão da auditoria feita pela atual administração". "Assim que for oficialmente notificado sobre as acusações, vou apresentar minha defesa ao povo de Araucária", disse. Em nota oficial distribuída pela sua assessoria jurídica, Wachovicz garante que não cometeu nenhum ato de improbidade administrativa em sua gestão.
Leia mais em reportagem de Rosane Henn, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quinta-feira