Em busca de um posicionamento do governo brasileiro sobre a ameaça de execução de um pastor pelo governo do Irã, parlamentares evangélicos se reúnem na tarde de hoje (29) com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Segundo a ministra, o governo brasileiro está levantando informações sobre o caso e poderá se posicionar formalmente no que se fere à defesa dos direitos humanos.
Ela explicou que o Itamaraty busca informações detalhadas sobre o caso do pastor e, até amanhã, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, já deve ter um relatório. "O Itamaraty também tem feito contato para saber efetivamente qual é a causa da prisão e levar nossos posicionamentos sobre a defesa dos direitos humanos. Ainda não tenho uma definição sobre isso. O ministro Patriota ficou de até amanhã ter um relatório mais detalhado e, tendo isso [em mãos], vamos ter uma manifestação formal, possivelmente do Itamaraty", ressaltou a ministra.
Gleisi Hoffmann disse, no entanto, que o Brasil não tem a pretensão de atuar como mediador no caso. "Não há pretensão de ser intermediador, apenas fomos procurados por um grupo de parlamentares da comunidade evangélica para que pudéssemos saber o que está acontecendo e também pudéssemos ajudar e manifestar solidariedade, manifestar a posição do Brasil."
O pastor iraniano Youssef Nadarkhani está preso desde 2009 e o motivo seria sua conversão ao cristianismo. Nadarkhani, de 33 anos, nasceu em uma família muçulmana e se converteu ao cristianismo aos 19 anos. A alegação do governo iraniano é a de que ele foi condenado por crimes como estupro e ameaça à segurança nacional.