Política

Espionagem no governo: secretário quer acareação

24 abr 2001 às 11:47

O secretário especial de Chefia de Gabinete do Estado, Gerson Guelmann, reafirmou ontem que não tinha conhecimento de qualquer grampo realizado em gabinetes de secretários ou em comitês políticos. Ele disse que aguarda a apresentação do cabo Luiz Antonio Jordão para esclarecer os fatos e sugeriu uma acareação entre ele, o advogado criminalista Peter Amaro de Souza e o cabo Jordão. "Não tem nada a ver o grampo da Maria Elisa e o da Ocidental. É um absurdo se pensar que o grampo de uma secretária foi feito internamente, por alguém do próprio Palácio Iguaçu", disse.

Guelmann confirmou que o técnico Gilberto Maria Gonçalves era funcionário da chefia de gabinete. Ele não era concursado e prestava serviços de telefonia para todo o Palácio. "Ele tinha um cargo de confiança porque era um homem de confiança", justificou. Guelmann negou qualquer tipo de espionagem em campanha. "Nas campanhas, ele prestava serviços nos comitês. Não fazia escutas. Era um técnico e que fazia muito bem a estrutura telefônica nas campanhas", declarou.

O secretário lamentou o envolvimento de Gonçalves em espionagem comercial, no caso da Ocidental Distribuidora de Petróleo. "Ele foi exonerado do cargo por causa disto. Não sabíamos que ele fazia isso fora do Palácio Iguaçu. Este tipo de atividade dele nada tem a ver com as atividades de governo", afirmou. Guelmann disse que o assunto está ganhando conotação política. "Não aceito esse tipo de coisa. É um fato político que estão tentando criar. Ninguém vai lançar denúncias sobre minha pessoa e passar impune", complementou.


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