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Repercussão negativa

Entidades de classe de Londrina reprovam aumento de salários de vereadores

Lucio Flávio Cruz - Grupo Folha de Londrina
28 fev 2024 às 18:41

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- Devanir Parra/CML/Imprensa
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A aprovação do PL (projeto de lei) que garantiu a recomposição salarial de 3,82% para parlamentares e servidores da CML (Câmara Municipal de Londrina) repercutiu perante a sociedade civil organizada de Londrina. Com a medida, o salário dos vereadores deve passar dos atuais R$ 13,6 mil para R$ 14,1 mil já neste ano. Nesta quinta-feira (29), acontece a segunda votação do PL. Representantes das entidades consultadas pela reportagem da FOLHA concordaram com a recomposição de salários dos parlamentares, mas rejeitaram o aumento dos subsídios para a próxima legislatura.

A Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina) vê com naturalidade a recomposição salarial baseada na inflação do ano passado medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). "Trata-se de uma atualização, e não um aumento real de salário", afirmou o presidente Angelo Pamplona, por meio de nota.

No entanto, a Acil se mostrou contrária à proposta de subsídio de R$ 15,6 mil para a próxima legislatura (2025-2028), que será discutida e votada na sessão desta quinta-feira.

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A vereadora Mara Boca Aberta (sem partido) protocolou uma emenda para reduzir o subsídio para cerca de R$ 10,4 mil. O texto precisa de parecer da Comissão de Justiça antes de ser votado pelo plenário.

“A Associação entende que o momento deve ser de precaução com o gasto público, pois se o país não atingir as metas de contenção de despesas, a inflação tende a piorar. Aumentar os próprios salários, alcançando um patamar alto para uma cidade de custo de vida razoavelmente baixo, é desnecessário para 2025", frisou Pamplona.

O Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil) Paraná Norte ressaltou em nota a importância do diálogo em um projeto como este e ressaltou a necessidade de bom senso por parte dos parlamentares.

"O diálogo é fundamental no processo democrático, sendo essencial que qualquer projeto seja discutido de forma extenuada, levando em conta as perspectivas de diferentes atores sociais e da própria população. Neste contexto, o Sinduscon expressa a expectativa de que os parlamentares – assim como em diversos outros momentos – atuem com bom senso e imparcialidade, visando sempre o melhor para a cidade de Londrina."

“O presidente do país colocou para todo CLT a reposição de 6%; o governo do Estado colocou 7%. E a nossa reposição está sendo 3,82%. Eu acho que é justo”, defendeu o presidente da Câmara, Emanoel Gomes (Republicanos) na sessão de terça-feira.

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