A Social Democracia Sindical, entidade instalada em Curitiba, saiu em defesa ontem da Cosmo (Cooperativa de Trabalhadores Autônomos). O secretário geral da entidade, Feliciano Moreira, contestou as afirmações do procurador do Trabalho, Jaime José Bílek Iantas, de que a cooperativa é uma empresa de intermediação de mão-de-obra usada para contratações sem respeitar as leis sociais. O convênio encerrado no final de ano entre a Prefeitura de Curitiba e a Cosmo é objeto de investigação por parte da Procuradoria Regional do Trabalho. Moreira disse que a Cosmo é filiada à SDS e que tem autorização para falar em nome da cooperativa.
Ele disse que a Cosmo não é uma intermediadora de mão-de-obra. "É uma cooperativa de trabalhadores", garantiu. A Folha procurou o presidente da Cosmo, Paulo César Rodrigues, mas foi informada que ele está viajando. Moreira confirmou que o contrato venceu no dia 31 de dezembro do ano passado e não foi renovado.
"Estamos em fase de renegociação de valores, que são diferentes para este ano. Queremos renovar o convênio. Somos uma cooperativa de trabalhadores", declarou. Ele disse que hoje deve ser convocada uma coletiva para a imprensa, quando a Cosmo vai divulgar sua posição. "Vamos estudar que medidas tomaremos em relação ao caso e não descartamos medidas judiciais."