Começou por volta das 9h30 desta quarta-feira (29) a sessão de julgamento da CML (Câmara Municipal de Londrina) que pode cassar o mandato da vereadora Mara Boca Aberta (Podemos).
A parlamentar chegou antes das 9h na sede provisória do Legislativo, no Jardim Piza, e disse estar apreensiva com a possibilidade de cassação.
Ela enfrenta a denúncia de quebra de decoro parlamentar com base em três acusações: divulgação da campanha falsa do seu companheiro, Emerson Petriv, o Boca Aberta; abuso de poder econômico e má utilização de recursos do Fundo Eleitoral; e favorecimento pessoal ao proprietário de uma empresa que recebeu verbas de campanha e depois foi nomeado assessor da parlamentar.
Pouco depois de começar, a sessão foi suspensa minutos para análise de novos documentos protocolados pela defesa da vereadora, que pediu a reformulação das perguntas relacionadas às acusações.
A tendência é que os advogados de Mara dispensem a leitura do processo. O intuito, conforme sinalizou a defesa à reportagem, é não cansar os presentes e apresentar “argumentos e provas” para rebater o relatório, que recomendou a cassação pela suposta divulgação de campanha inexistente e má utilização de recursos do Fundo Eleitoral.
O relatório entendeu pela improcedência da denúncia de favorecimento ao ex-assessor, mas os três itens serão votados pelo plenário. Lu Oliveira, que é membro da CP, teve voto divergente. A defesa de Mara, inclusive, pediu a leitura do voto, que entendeu que não há irregularidades.
Serão apresentados documentos e vídeos durante a sustentação da defesa, que terá duas horas. Na sequência, cada vereador poderá utilizar 15 minutos de fala.
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