O vereador Eloir Valença (PHS) reassumiu cadeira no Legislativo nesta quinta-feira (24) após habeas corpus do Tribunal de Justiça do Paraná, que revogou o afastamento do vereador indiciado por corrupção passiva e formação de quadrilha.
Valença chegou a ter a prisão temporária decretada, mas passou a maior parte dos cinco dias no Hospital do Coração por causa de um problema de saúde.
Investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apontou que o vereador recebeu a promessa de financiamento de campanha em troca de voto contra a abertura de Comissão Processante que vai apurar se vigilantes da Centronic trabalhavam na rádio do prefeito Barbosa Neto (PDT) e recebiam salários pagos com recursos públicos.
Valença rebateu as acusações e afirmou que a "prisão foi política e ilegal" com base em denúncias falsas. "Nunca recebi dinheiro nenhum. Nunca me corrompi. Nunca troquei apoio político ou cargo", garantiu.
Ele também questionou o afastamento judicial da Casa e ressaltou que, de acordo com o TJ, tudo não passou de "mera ilação". "Vereador só pode ser afastado ser for condenado", questionou.
Valença ainda atacou o vereador Amauri Cardoso (PSDB) e chamou o tucano de "meu adversário e inimigo político confesso". Cardoso denunciou a tentativa de suborno ao Gaeco e participou do flagrante que desmanchou o esquema. "Grupos armaram para mim", repetiu o vereador do PHS no plenário.
Valença ainda afirmou que vai encaminhar as "falsas denúncias" ao Conselho de Ética da Casa e interpelar Cardoso na Justiça para esclarecimentos.
O vereador tucano rebateu Valença e disse que cada um tem livre árbitrio. "A minha escolha quando fui procurado para vender o voto foi o Gaeco e a Justiça. Eu denunciei que estava sendo procurado para votar contra a CP. Ilação não é filmada. Notas de R$ 100 não é ilação", respondeu Cardoso.