Indicado para ser o ministro de Minas e Energia no segundo governo da presidente Dilma Rousseff, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM) deixará a vaga no Senado para a mulher, Sandra Backsmann Braga. A empresária de 55 anos não tem experiência política como parlamentar, mas foi a primeira suplente do marido nas eleições de 2010. Braga defendeu, na época, a decisão como parte da sua estratégia para evitar tensões com aliados políticos do Amazonas, que temiam a indicação de Sandra ao governo do Estado, então chefiado pelo marido.
A saída do Braga para o ministério animou Sandra, segundo relato de fontes ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. A futura senadora tem dito a interlocutores que pretende elaborar um plano de ação para seu mandato. Ela relatou a amigos que a meta é se desvincular da imagem de "suplente-esposa" e mostrar que é capacitada para ser senadora.
Sandra será a segunda parente de senador nomeado para Minas e Energia a assumir a vaga do titular. O filho do atual ministro Edison Lobão (PMDB-MA), que está deixando Minas e Energia após sete anos, assumiu a vaga do pai quando ele chegou à Pasta em 2008. Lobão Filho continuou no Senado em 2011, depois que o pai ganhou as eleições de 2010 para senador mas continuou no comando do MME. Neste ano, Lobão Filho perdeu a disputa pelo governo do Maranhão e ficará sem cargo público a partir de 2015.