Começou um pouco depois das 12 horas o segundo depoimento do publicitário Duda Mendonça à CPI dos Correios.
Logo no começo do depoimento Duda esclareceu que usaria o direito de ficar calado, obtido no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele disse que gostaria de responder às perguntas, mas os seus advogados o orientaram a permanecer calado.
Diferentemente da primeira audiência, o depoimento de hoje será dividido em duas partes. A primeira parte do depoimento - que não vai tratar dos dados sigilosos das contas de Duda no exterio -será aberta.
Já a segunda parte do depoimento, que envolve as informações secretas, será restrita as quatro parlamentares que tiveram acesso aos dados enviados pela Promotoria de Nova York: o presidente Delcídio Amaral (PT-MS), o relator Osmar Serraglio (PMDB-PR), e os deputados Eduardo Paes (PSDB-RJ) e Maurício Hands (PT-PE).
Duda depõe na condição de investigado e vai à comissão parlamentar amparado por um habeas corpus do STF (Supremo Tribunal Federal). Por conta disso, poderá se negar a responder as perguntas dos integrantes da CPI.
Os integrantes da CPI dos Correios encontraram uma diferença de cerca de US$ 300 mil na conta Dusseldorf, do publicitário, aberta no BankBoston de Miami (EUA). Duda admitiu, em depoimento à comissão, ter recebido o equivalente a R$ 10,5 milhões do caixa dois do PT para pagamento de serviços prestados na campanha eleitoral do partido em 2002.
Fonte: Folha Online