Os donos de postos de gasolina de São Paulo se reuniram nesta terça-feira, com notas fiscais e documentos, para rebater as acusações feitas na segunda pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Durante um palestra, Lula chamou os donos de postos de "malandros", porque não teriam repassado aos consumidores toda a redução de 6,5% na gasolina anunciada pela Petrobras no início do mês.
Um levantamento elaborado pelo Sincopetro (sindicato de postos de São Paulo) mostra que a média utilizada pelas distribuidoras para repasse aos postos ficou em torno de 3,43%, enquanto a maioria dos postos reduziu o preço em 4,95% nas bombas.
Dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo), também analisados pelo Sincopetro, mostram que a média das distribuidoras entre abril e maio foi de 3,91%. Já a da revenda chegou a 3,94%.
"Acusar os donos de postos é buscar um culpado para um problema muito maior, que vem se arrastando desde o meio da cadeia e acaba arrebentando onde a corda é mais fraca", diz o presidente do sindicato, José Alberto Paiva Gouveia.
Ele disse que governo deveria convocar os presidentes dos sindicatos regionais para que estes possam, com documentação, comprovar porque os preços não chegam à revenda conforme o anunciado.