O ministro da casa Civil, José Dirceu, voltou a criticar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Na segunda-feira, durante o 22º Congresso da Internacional Socialista, o ministro sustentou que o Brasil quebrou três vezes durante a gestão tucana e, nas três, acabou apelando ao socorro financeiro do Fundo Monetário Internacional (FMI).
"O Brasil quebrou três vezes. Três vezes foi ao Fundo Monetário e renegociou sua dívida externa porque estava impossibilitado de cobrir o endividamento. Agora, superamos a instabilidade econômica, a inflação e iniciamos um processo de organização do Estado, mas não conseguiremos crescer mais de 1% este ano. O país não tem condição de promover um forte crescimento sustentável nos próximos dez anos. O Brasil [ainda] está superando os anos 90 " .
De acordo com o iG, o chefe da Casa Civil disse ainda que a dívida interna consome hoje um terço da arrecadação nacional. E que o governo herdou uma herança muito pesada e que, por este motivo, o país vai precisar de investimentos de US$ 48 bilhões em 2004 para conseguir fechar as contas.
Na semana passada, em entrevista ao jornal "El País", da Espanha, FHC disse que a economia do país estava no caminho certo, mas que faltava ousadia na área social. Na sexta-feira, também na Espanha, o ministro respondeu às críticas dizendo que o ex-presidente deveria cuidar dos netos e da sua biblioteca. Na tréplica, FHC divulgou nota chamando Dirceu de arrogante.
No discurso de abertura do Congresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também desferiu críticas contra FHC. Segundo Lula, "alguns dirigentes quando deixam o poder mudam inclusive de país" . E que isso não acontecerá com ele: "Moro há 30 anos a 600 metros do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo. Quando o meu mandato acabar, voltarei a morar no mesmo lugar e voltarei a freqüentar a porta de fábrica" .
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