A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, negou nesta quarta-feira (10) que o governo federal tenha desistido de conceder à iniciativa privada a administração de sete trechos de rodovias federais. Segundo ela, o governo está reavaliando como serão feitas as próximas concessões. "Elas não serão canceladas. Elas podem sair sob novo modelo. Não sabemos qual. Estamos avaliando", disse ela.
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, publicada nesta quarta-feira (10), o governo teria dedicido administrar sozinho os postos de pedágio que deverão ser instalados nessas vias - com a promessa de investir o dinheiro arrecadado em obras de manutenção e recuperação.
Estão em processo de conclusão os editais de licitação para concessão de sete lotes de rodovias federais, entre elas a Fernão Dias (São Paulo-Belo Horizonte) e a Régis Bittencourt (São Paulo-Curitiba).
Segundo a ministra, o governo está avaliando vários fatores, como a participação da iniciativa privada. A avaliação tem ocorrido em debate entre a Casa Civil, o Ministério do Planejamento, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Ministério dos Transportes.
"Queremos que a iniciativa privada participe, que tenha PPP (parceria público-privada). Temos por objetivo a menor tarifa possível, ou seja, aquela tarifa que garantir retorno adequado para o construtor seja capaz de também viabilizar setores produtivos como os consumidores", disse ela. "Não temos menor problema que a iniciativa privada assuma a construção de estradas, desde que haja preços competitivos", concluiu. As informações são da Agência Brasil.