O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, reagiu à iniciativa do PSDB de entrar na Justiça contra o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff, anunciando redução do preço da energia, alegando que ela estava antecipando campanha eleitoral. "O tom foi forte porque forte foi a especulação. Você precisava reagir à altura", declarou Gilberto Carvalho, explicando que a presidente precisava ir à TV tranquilizar a população e os investidores. "Estava começando a haver um terrorismo, estava começando a haver gente pensando em deixar de investir por causa de falta de energia, e isso era uma mentira", afirmou o ministro. "Foi por isso que ela tomou essa medida, não tem nada de campanha eleitoral", afirmou ele em entrevista após se reunir com prefeitos que estão em Brasília para participar de reuniões patrocinadas pelo governo federal.
"Não, não... Nada de campanha... De jeito nenhum. Nós estamos trabalhando", reiterou Gilberto, insistindo que a presidente não está em campanha. Para ele, era "fundamental" que ela falasse sobre energia elétrica, para negar as notícias que estavam sendo divulgadas, que começava a afetar o País.
Indagado se era necessário mesmo a presidente ter ido à TV, o ministro respondeu: "Na economia a questão psicológica, do psicossocial funciona muito. Nós estávamos vendo que a partir de uma perspectiva que não sei de onde surgiu apenas porque em dezembro houve uma estiagem maior, começou-se a fazer projeções absurdas, sobre a questão estrutural de energia no país, que não corresponde à verdade. Isso começava a haver um risco efetivo de danos à economia e ao desenvolvimento do país. Foi por isso que ela tomou essa medida, não tem nada de campanha eleitoral. O tom foi forte porque forte foi a especulação".
Gilberto disse que a presidente Dilma não vai acompanhar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas caravanas que ele vai fazer pelo Brasil. O ministro acentuou ainda que, não sabe, se a presidente Dilma estará presente na comemoração dos dez anos de governo do PT, que está sendo preparada pelo partido. Mas o ministro elogiou a iniciativa do PT de fazer a comemoração. "Acho importantíssimo que haja. Há muita coisa que podemos mostrar que não está claro. Acho que vai ser um resgate importante da (história do partido)", comentou ele, ressalvando que esta é "uma iniciativa do partido, e não do governo". Carvalho completou dizendo que "sem dúvida" a festa tem por objetivo resgatar o legado do partido.