O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), defendeu nesta quarta-feira (11) a equiparação do salário do presidente da República ao dos parlamentares. Essa mudança equivaleria a um aumento de 82,8% no salário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O presidente Lula recebe por mês R$ 8.885,48. Pela proposta, os salários dos parlamentares subiria de R$ 12.847 para R$ 16.250,42 - mesmo valor que seria fixado para a remuneração do presidente.
Em reunião, a Mesa Diretora decidiu que irá votar o reajuste salarial do presidente e dos ministros juntamente com os dos parlamentares assim que a pauta do plenário for destrancada.
A Comissão de Finanças da Câmara chegou a aprovar neste ano um projeto que reajusta o salário dos parlamentares, do presidente, do vice e dos ministros com base na inflação acumulada dos últimos quatro anos. Mas Chinaglia descartou votar o projeto da comissão. Segundo ele, a proposta será da Mesa Diretora. ''Nós achamos mais do que razoável que o presidente ganhe igual a deputado e a senador'', disse.
Chinaglia pretende procurar o presidente Lula para tratar do reajuste, mas observou que a decisão final será do Congresso.
Pela proposta aprovada na comissão, que leva em conta a inflação, Lula teria o salário reajustado para R$ 11.239,24, o que equivaleria a aumento de 26,49%. Mas se o vencimento do presidente for equiparado aos dos deputados - como defende Chinaglia -, o presidente passará a receber R$ 16.250.
O reajuste salarial dos deputados, senadores e do presidente da República deve ser votado na Câmara no final do mês. A previsão é que os deputados aprovem até o final de abril as medidas provisórias que trancam a pauta.
Chinaglia não adiantou como ficarão os salários dos ministros. Pelo texto aprovado na Comissão de Finanças, os ministros passarão a receber R$ 10.578,11 por mês - hoje eles ganham R$ 8.362,80.