A CPI do Banestado na Assembléia Legislativa está ouvindo na manhã desta quarta-feira os depoimentos do delegado da Polícia Federal José Francisco Castilho Neto (que foi afastado nesta terça-feira das investigações para trabalhar com o procurador da República, Luiz Francisco de Souza) e do perito criminal Renato Rodrigues Barbosa.
Ambos compõem a força-tarefa que investiga um esquema de lavagem de dinheiro através de contas CC-5 na agência do Banestado em Nova York, nos Estados Unidos.
Os depoimentos começaram às 10 horas, no Plenarinho da Assembléia.
A CPI quer saber detalhes das investigações da força-tarefa, que suspeita de irregularidades no valor aproximado de US$ 30 bilhões.
O procurador federal Luiz Francisco de Souza virá depor no início de agosto, por questões de agenda.
O presidente da CPI, deputado Neivo Beraldin (PDT), foi notificado nesta terça-feira de uma decisão da 4ª Vara de Fazenda Pública em Curitiba que, na prática, é positiva para a CPI.
As empresas DM e Rodoférrea Construtora de Obras entraram na Justiça com o objetivo de impedir que os deputados da CPI tivessem acesso aos dados da quebra do sigilo bancário das empresas, solicitados ao Banco Central (BC) pela CPI.
Mas a liminar pedida pelos advogados das empresas foi indeferida. Mesmo assim, a CPI não recebeu os dados.
O BC não entregou os dados aos deputados por entender que a CPI não tem poder de pedir a quebra de sigilo bancário sem autorização judicial.
A assessoria jurídica de Beraldin, porém, está confiante que as CPIs estaduais têm o poder de quebrar sigilo bancário de empresas sem passar pela Justiça.
A CPI continua sem relator definido.
Desde que a deputada Elza Correa (PMDB) renunciou ao posto na semana passada por desentendimentos com Beraldin em relação à condução dos trabalhos, a relatoria está vaga.