Política

Deputados começam o ano derrubando vetos

20 fev 2001 às 10:03

A Assembléia Legislativa começou os trabalhos deste ano decidindo derrubar dois vetos do governador Jaime Lerner (PFL). Na pauta de votações de ontem estavam relacionados cinco vetos, dos quais três foram mantidos.

Os deputados decidiram promulgar o projeto de lei de autoria do deputado Elio Rusch (PFL) - primeiro vice-presidente da Casa - que autoriza o Executivo a estadualizar a estrada intermunicipal que liga os municípios de Missal a São Miguel do Iguaçu (43 quilômetros a nordeste de Foz do Iguaçu). O outro é um projeto dos deputados Ângelo Vanhoni (PT) e Algaci Túlio (PTB), autorizando o Executivo a empreender os estudos de planejamento necessários à criação da Coordenadoria de Desenvolvimento do Litoral do Paraná (Codel).


Foi aprovado em primeira discussão o projeto do atual vice-prefeito de Curitiba, Beto Richa (PTB), autorizando o Executivo a implantar um Programa de Demissões Voluntárias (PDV). Ainda entre os projetos em pauta, os deputados decidiram enviar de volta à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) o projeto do deputado Irineu Colombo (PT) autorizando o Estado a conceder auxílio às famílias carentes, instituindo o Programa Criança na Escola.


A pauta de votações deixou de ser elaborada exclusivamente pelo presidente da Casa e passou a ser composta a várias mãos, com a participação dos líderes dos partidos.


A Câmara de Vereadores abriu ontem à tarde suas atividades. Foi realizada sessão solene e não houve votações. Os vereadores da Capital prometem começar o ano brigando pela instalação de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs). A base aliada ao prefeito quer instalar três CPIs: funerárias, fundos mútuos (do setor de funerárias) e vandalismo no futebol. Já a oposição quer instalar uma CPI para investigar o convênio entre a Prefeitura Municipal e a Cosmo (Cooperativa de Trabalhadores Autônomos de Curitiba). O convênio está temporariamente suspenso por determinação da Justiça do Trabalho.

Na pauta de votações, um tema que promete gerar polêmica na Câmara este ano será mudança no texto da lei que abre brechas para que os vereadores recebem jetons de até R$ 4,5 mil, o que equivale a um salário mensal.


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