No dia seguinte à Operação Factral, que levou à prisão 22 pessoas no Paraná, entre elas nove policiais, o assessor parlamentar do deputado Waldyr Pugliesi (PMDB), Elieuton Francis Mayer, foi demitido pelo parlamentar. A demissão foi confirmada pela assessoria jurídica do deputado na tarde desta sexta-feira (26).
Mayer é considerado pela Polícia Federal o mentor de um esquema de contrabando de cigarros e envolvimento com jogos de azar. A quadrilha atuaria no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde outras diligências da PF também foram realizadas na quinta-feira (25).
O assessor é suspeito de comandar os serviços, que teriam a participação de oito policiais militares e um policial civil. O grupo, segundo a PF, ainda teria a intenção de derrubar o comandante da Polícia Militar, coronel Roberson Luiz Bondaruck. Todos estão presos na sede da PF em Curitiba.
O pedido de exoneração do cargo do assessor foi feito, segundo a assessoria jurídica de Pugliesi, na quinta-feira, assim que as informações sobre o suposto envolvimento de Mayer apareceram.
A assessoria jurídica ainda disse que o funcionário nunca havia levantado qualquer suspeita de desvio de conduta por parte dos colegas de gabinete durante os sete anos de trabalho ao lado do peemedebista. Mayer trabalhava com Pugliesi na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) como funcionário comissionado desde 2007.
À reportagem, a assessoria reiterou que o deputado não tinha qualquer conhecimento sobre a vida do agora ex-funcionário fora da Alep e que o parlamentar também não suspeitava da conduta do acusado. Pugliesi, segundo a assessoria jurídica, não teria sido procurado pela PF para prestar qualquer depoimento ou esclarecimento sobre o ex-funcionário.