Em uma série de declarações polêmicas nos últimos dias, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) voltou a carga nesta quinta-feira, 31, e atacou iniciativas do Ministério da Educação (MEC). Em entrevista à rádio Estadão ESPN, ele criticou o que chamou de "kit gay para escolas de primeiro grau". "Atenção, pais: os seus filhos vão receber um kit que diz que é para combater a homofobia, mas que, na verdade, estimula o homossexualismo", disse, em referência a uma campanha preparada pelo MEC para combater o preconceito nas escolas. "Com a mentira de estar combatendo a homofobia, eles estão estimulando o homossexualismo e abrindo as portas para a pedofilia", afirmou Bolsonaro.
O deputado foi questionado novamente sobre de que forma agiria se tivesse um filho gay. "Não corro esse risco. Eduquei muito bem meus filhos", afirmou durante a entrevista. Bolsonaro disse ainda que é contra a adoção de crianças por casais homossexuais, pois "nós somos produtos do meio". "Se qualquer um de nós for criado junto com homossexual, com toda certeza vai ser homossexual."
Bolsonaro foi questionado sobre se tem medo de perder o mandato ou ser processado por suas declarações. "Eu não estou preocupado em perder o mandato. Eu tenho imunidade para roubar ou para falar? Para se corromper ou para emitir opiniões?", perguntou.
Na entrevista à rádio Estadão ESPN, o deputado também fez uma saudação aos militares. "Hoje, 31 de março, me permita saudar os militares, (que) junto com a imprensa, a Igreja Católica, os trabalhadores e com as mulheres na rua, proporcionaram o 31 de Março (de 1964). O que fez com que nós aqui hoje - eu, você, todo mundo - não estivesse cortando cana, a exemplo do pessoal lá de Cuba."