O clima esquentou na tarde desta segunda-feira (15) na sessão da Assembleia Legislativa do Paraná. Como prometido, o deputado estadual Cleiton Kielse (PEN) apontou quatro companheiros de Casa de participarem de um esquema com concessionárias de pedágio no Estado.
Kilse acusou o presidente da AL, Valdir Rossoni (PSDB), o líder do governo, Ademar Traiano (PSDB), e Plauto Miró (DEM) de fazerem parte do que ele chamou de "Máfia do Pedágio". O deputado do PEN ainda disse que o deputado Ney Leprevost (PSD) teria retirado a assinatura pela instalação da CPI dos Pedágios e em troca teria recebido R$ 1 milhão para campanha.
O deputado protocolou uma Notícia-Crime contra seis concessionárias de rodovias e quatro construtoras. Ele acusou os deputados e assessores parlamentares de serem coniventes com as concessionárias e empresas. Ele apresenta como provas uma lista de situações que, segundo ele, indicam que a Alep deixou de investigar operações das concessionárias das rodovias nos últimos 15 anos. O prejuízo total aos cofres públicos teria chegado a R$ 20 bilhões de reais.
Além da acusação contra o deputado Ney Leprevost, Kielse também acusa várias pessoas ligadas a parlamentares de receberem verbas oriundas das concessionárias.
Indignado, Rossoni declarou que as acusações de Kielse têm motivação politica. "São acusações gravíssimas, feitas próximo a eleição da Alep, e se não forem provadas espero que o deputado Kielse seja punido". Rossoni pediu ao presidente do Conselho de Ética da Alep para que investigue o caso.
Leprevost negou a acusação e subiu o tom pedindo a cassação de Kielse. "Peço que este deputado seja cassado e contratarei advogados para que ele seja processado. O senhor é um bandido e agora o nosso papo será com meus advogados, devido às calúnias feitas". Leprevost disse que vai processar civil e criminalmente o deputado Kielse pelas declarações.(com informações do Blog da Joice e da rádio Banda B)