O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), chegou há pouco nesta segunda-feira (18) ao Senado para entregar ao presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), o parecer da Câmara sobre a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, aprovado no domingo (17), à noite, pelos deputados. Cunha fará a entrega do documento, aprovado por 367 votos favoráveis. O presidente da Câmara não passou pela entrada onde os jornalistas estão concentrados. Os senadores Romero Jucá (PMDB-RR), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Ana Amélia Lemos (PP-RS) também devem participar do encontro.
Pouco antes da chegada de Cunha, técnicos levaram pilhas de documentos do parecer em carrinhos.
A partir de agora, cabe a Renan Calheiros ler a comunicação no plenário do Senado e determinar a instalação, em até 48 horas, da comissão especial que vai dar novo parecer sobre a admissibilidade do processo. A comissão terá prazo de 10 dias para concluir o trabalho e levar o relatório ao plenário da Casa. A leitura da comunicação está prevista para amanhã (19).
Se a admissibilidade do impeachment for aprovada também pelos senadores, como foi pelos deputados, a presidenta será afastada por até 180 dias, enquanto o Senado analisa o processo em si, e define se Dilma terá o mandato cassado.
Logo após a reunião com Cunha, Renan Calheiros segue para reunião com a presidenta Dilma Rousseff. Em seguida, ele se encontrará com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, com quem vai tratar de dúvidas sobre o rito do impeachment. Se o processo chegar ao final, caberá a Lewandowski conduzir a sessão de votação do impedimento da presidenta.