A votação do Projeto de Resolução 2/2014, de autoria da Mesa Executiva da Câmara Municipal de Londrina (CML), que prevê a criação de 24 novos cargos no Legislativo, o que corresponde a 40% dos 60 atualmente existentes, ficou para 2015.
Os vereadores eleitos para compor a nova Mesa alegaram que não tiveram tempo de analisar detalhadamente a proposta, que custaria R$ 143 mil mensais, incluindo salários, encargos e auxílio alimentação. O custo, ao final de um ano, considerando reposição salarial prevista para fevereiro, é de R$ 1,9 milhão, segundo parecer da Comissão de Finanças.
A proposta prevê 10 vagas para técnico legislativo, três para advogado, três para contador, três para jornalista, dois para analista de informática, uma para analista de recursos humanos, uma para revisor de texto e uma para relações públicas.
O objetivo é dar cumprimento ao novo Regimento Interno da CML, aprovado este ano. As novas normas de funcionamento da Câmara preveem aumento da demanda dos trabalhos legislativo principalmente "em razão da nova sistemática para as reuniões das comissões permanentes da Casa". A discussão dos projetos se dará basicamente nessas comissões técnicas – de Ciência e Tecnologia, da Criança e do Adolescente, de Defesa do Consumidor, por exemplo, conforme o conteúdo da matéria. Irão a plenário, basicamente, para serem votadas.
O presidente eleito da Câmara, Fábio Testa (PPS), disse que como ordenador de despesas, precisa conhecer o projeto com detalhes. "Não é falta de confiança no trabalho dos técnicos ou desta Mesa, mas, a necessidade de conhecer profundamente o projeto", justificou.
Ele também salientou que é necessário melhorar ou ampliar a estrutura física para comportar mais servidores e a atuação conforme prevê o novo Regimento. "Não houve tempo para analisar o projeto detalhadamente diante do massacre que sofremos com os inúmeros projetos votados nas últimas sessões", comentou.
Caso o projeto seja aprovado, a CML teria que abrir concurso público para fazer as contratações.