O relator da CPI dos Grampos, deputado estadual Mauro Moraes (PSDB), espera para esta semana aprovação do documento pelos membros da Comissão. Nele, o tucano isenta todos os parlamentares de responsabilidade nas escutas ilegais e culpa uma única pessoa pela instalação dos equipamentos, o ex-coordenador técnico e ex-diretor-administrativo da Assembleia, Francisco Ricardo Neto.
A CPI dos Grampos foi instalada para apurar a existência de grampos telefônicos em salas da presidência da Assembleia. Grampos foram encontrados em fevereiro.
Segundo Moraes, a CPI levou em consideração, durante todo o trabalho investigatório, as perícias feitas pelo Instituto de Criminalística e pela empresa Embrasil. Nenhum dos laudos entregues aos deputados confirmou a prática de escuta ilegal nas dentro da Assembleia. "Foram encontrados dispositivos que, dependendo da instalação e demais procedimentos, poderiam ser utilizados como receptores de conversas telefônicas. No entanto, não há documentos ou depoimentos que possam provar se isso ocorreu", antecipou o relator.
A CPI vai encaminhar o relatório ao Ministério Público Estadual. "Há indícios de fraude na licitação que permitiu a compra desses aparelhos", comentou.