A leitura do requerimento da oposição que cria a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) exclusiva do Senado para investigar o uso de cartões corporativos por parte de servidores e autoridades públicas ficou para a próxima semana.
O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-SP), viajou para São Paulo logo após o encerramento da sessão do Congresso Nacional, onde foi lido o requerimento de criação da CPMI dos Cartões Corporativos. Ele deixou o parlamento com a promessa que lerá, no início da semana que vem, o requerimento da oposição.
Garibaldi Alves Filho é um crítico do funcionamento paralelo de duas comissões de inquérito sobre o mesmo assunto. O senador também critica as atitudes adotadas pela base aliada e a oposição quando o assunto é a investigação do uso do cartão corporativo.
"Eu estou vendo que uma ou duas CPI’s com este clima não vão muito longe", alertou o senador.
Hoje (21), o líder do DEM, senador José Agripino Maia (RN), voltou a defender o boicote da oposição à CPMI, caso não tenham a presidência da comissão.
Antes de decidir com a bancada na Câmara e o PSDB uma estratégia única, Agripino Maia quer conversar com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), para ter uma posição oficial dos governistas sobre o assunto.
"Se nos for negada a presidência, nós não vamos insistir. Eu apenas quero me reunir com os partidos de oposição para avaliar a conveniência de indicação de membros. Agora, a indicação de membros para a CPI do Senado será automática", afirmou o senador.
Pessoalmente, José Agripino Maia defende que o DEM e o PSDB não indiquem integrantes para a CPMI caso não haja acordo com os governistas. Ele ressalva, no entanto, que essa não é uma posição partidária, e sequer dos tucanos. (ABr)