Política

CP não acata pedido de defesa e segue investigando Johnny Lehmann

06 dez 2013 às 18:20

A defesa do prefeito de Rolândia, Johnny Lehmann (PTB), não teve pedido aceito pelos membros da Comissão Processante (CP) aberta no Legislativo daquela cidade para investigar convênio firmado pela Prefeitura de Rolândia e o Hospital São Rafael. Lehmann tentou barrar os trabalhos da comissão. Alegou que a CP é presidida por um inimigo político, o vereador José de Paula Martins (PSD), que o grupo deveria teria cinco e não três integrantes, e que os membros não teriam competência para investigar o caso. "Ele alegou que não responde a ato político-administrativo e que, por isso, não deveria ser alvo de investigação. No entanto, entendemos que o prefeito é suspeito de improbidade e precisa ser investigado", argumentou Martins.

A Comissão Processante foi aberta no final de outubro. A comissão foi motivada por apurações já realizadas pelo Legislativo, através de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI), e por pedido protocolado na Casa pela fonoaudióloga Cristina Piretti. Lehmann é acusado de manter convênio irregular com o Hospital São Rafael. A denunciante aponta que a administração dele repassou mais de R$ 29,1 milhões à associação mantenedora da instituição.


O problema, de acordo com Cristina, é que a entidade "não está prestando diretamente os serviços de saúde, e para tanto recebendo auxilio do Município de Rolândia em forma de fomento. O que está ocorrendo é que o próprio Poder Público continua prestando os serviços referidos, através de sua Secretaria, tendo, em princípio, a Associação Beneficente atuado como intermediária, selecionando, contratando, organizando e pagando os profissionais para, depois, estes prestem serviço em nome do Município, nas instalações e sob responsabilidade deste".


O fato de a prefeitura indicar funcionários para ser contratados pela associação também seria irregular, de acordo com a denúncia.

A Comissão Processante é formada por Martins (presidente), Alex Santana (Pros), como relator, e Valdemar Morais (PMDB), como membro. O grupo tem até o dia dois de fevereiro do próximo ano para apurar a situação. "A partir da próxima semana, vamos começar a ouvir as testemunhas", disse o presidente da CP. A defesa de Lehmann arolou dez pessoas para prestar depoimentos.


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