A sessão da Assembléia Legislativa que vai votar o projeto popular que príbe a venda da Copel foi prorrogada até as 14 horas desta terça-feira. A sessão devia se encerrar as 19 horas, quando a mesa decidiu pela prorrogação. Os deputados ainda revezam-se nos discursos no plenário.
Os deputados que são favoráveis ao projeto popular e contra a venda da Copel continuam firmes no seu propósito de atrasar o mais que puder a votação pois sabem que têm um voto a menos que o necessário para vencer. A conta informal indica 27 votos a favor da privatização e 26 votos contra.
Os deputados do governo, que são favoráveis à privatização, definiram a estratégia para garantir a maioria. Eles levaram para a Assembléia o deputado Luis Fernandes Litro (PSDB), que estava com problemas de coração e foi internado na semana passada. Ele está ausente do plenário, mas pronto para votar a qualquer momento.
O secretário dos Transportes, Nelson Justus, licenciou-se do cargo, a pedido do governo, para reassumir seu lugar na Assembléia. Com a volta dele, sai o suplente Custódio da Silva (PFL), que estava indeciso sobre a votação. Justus garante o voto a mais para o governo.
Os deputados contra a venda da Copel ameaçam entrar na Justiça contra a decisão do presidente da mesa diretora da Assembléia, deputado Hermas Brandão (PTB) que aceitou a volta do deputado Nelson Justus. Segundo os deputados contrários à privatização, Justus não poderia entrar no meio de uma sessão já iniciada com a presença do suplente Custódio da Silva (PTB). Mas o presidente Hermas Brandão entendeu que esta seria uma nova sessão e não apenas a continuação da sessão interrompida na semana passada. com isso, deu permissão para que Justus vote contra o projeto popular e a favor da venda da Copel.