Vários manifestantes de todo o Estado - em sua grande maioria estudantes - aglomeram-se em torno à Assembléia Legislativa, no centro Cívico, em Curitiba. A sessão estava prevista para ser reiniciada às 14h30, mas já está atrasada. Ela dará continuidade à votação do projeto de iniciativa popular contra a privatização da companhia elétrica estadual, iniciada na semana passada e interrompida depois que estudantes invadiram o plenário da Assembléia.
O presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PTB), assegurou a instalação de telões para que a população acompanhe a votação fora do Plenário. Ele espera que, dessa forma, não haja interrupção da sessão, como ocorreu na semana passada quando estudantes invadiram o parlamento.
Os estudantes não concordam em ficar fora do plenário e a polícia, com forte esquema de segurança - cerca de 1 mil homens estão no local -, impediu a passagem de um carro de som dos manifestantes. Apenas deputados, imprensa, autoridades e convidados estão autorizados para entrar na Assembléia, devidamente credenciados.
Os manifestantes derrubaram mais uma cerca em volta da Assembléia, para tentar um acesso, mas foram impedidos pela PM. Eles invadiram o estacionamento da casa, tentando chegar até as galerias. Dentro da Assembléia, também aconteceram protestos. Parte dos 300 espectadores que tinham senha para a entrada nas galerias foi impedida de chegar até uma parte. Houve muito bate-boca com seguranças e mesmo com deputados.
Fora da casa, houve até um pequeno incidente em que um repórter foi atingido por um pedaço de madeira, no confronto entre policiais e estudantes, que - a exemplo do ocorrido na última quarta-feira - tentam forçar a entrada na Assembléia. A polícia faz a segurança com um cordão de isolamento e os carros de som - três no total - têm acesso restrito nas proximidades da Assembléia.