Política

Copel: comissão de direitos humanos pode observar votação

16 ago 2001 às 18:42

O deputado Caíto Quintana (PMDB) prometeu acionar a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal por causa do aparato policial que cercou a Assembléia Legislativa nesta quinta-feira, impedindo a entrada dos próprios deputados estaduais. Alguns parlamentares sofreram ferimentos leves.

Quintana quer que uma delegação venha acompanhar a sessão de segunda-feira, quando pode ser votado o projeto popular que impede a venda da Copel. Quintana, que é corregedor da Casa, disse que se sentiu "humilhado" por ter que pedir aos policiais que liberassem sua entrada.


O peemedebista afirmou que enviaria ontem à Câmara o ofício pedindo a presença de uma delegação da comissão. O líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), antecipou-se e protocolou requerimento propondo a designação de uma delegação da Comissão de Direitos Humanos para vir ao Paraná acompanhar a votação.


Ele conversou com o presidente da comissão, o petista Nelson Pelegrino (BA), e relatou os fatos ocorridos na Assembléia. Pelegrino acatou o pedido, designando os paranaenses Flávio Arns (PSDB) e Padre Roque Zimmermann, além de Régis Cavalcante (PPS-AL), para acompanhar a sessão.


A deputada Luciana Rafagnin (PT) abriu o pulso esquerdo ao tentar puxar o deputado tucano José Maria Ferreira para dentro do pátio através da barreira policial. Quintana reclamou que os parlamantares estavam sendo impedidos de chegar aos próprios gabinetes. "Essa situação precisa ser denunciada à comissão", afirmou Quintana. Segundo ele, esse tipo de atitude diminui o valor dos deputados.


O deputado Cézar Silvestri (PPS) quase foi proibido de entrar pelo portão principal, porque os PMs não sabiam que ele é deputado. "Sou deputado há dez anos. É um absurdo querer que os parlamentares entrem pela porta dos fundos", reclamou. A orientação da direção da Casa era que os deputados entrassem pela garagem ou pelas laterais, para evitar problemas.

Um aliado do governo que preferiu não ser identificado disse que os parlamentares entenderam que daria mais impacto junto à população entrar pelo portão principal para votar o projeto popular. A oposição em peso entrou pela frente.


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