Em 1992, o agora senador Fernando Collor de Mello (PTC) teve seu mandato de presidente de República impedido pelo Senado. Nesta quarta-feira (11), ao discursar no plenário, o ex-presidente criticou o governo de Dilma Rouseff.
Em meio a citações a passagens do processo que culminou com seu próprio impeachment, Collor disse que "jamais o Brasil passou por uma confluência tão clara por crises na política e na moralidade". O senador, entretanto, não deixou claro se votará contra ou a favor do prosseguimento do processo de impeachment de Dilma.
Collor também fez diversas críticas sobre a diferença de ritmo e rigor do processo tre o processo de impenachment da presidente Dilma Rousseff e aquele pelo qual passou em 1992. De acordo com o senador, naquele ano, foram apenas 4 meses entre a apresentação da denúncia com a data do último julgamento, quando decidiu renunciar. O senador ainda ressaltou que o processo contra Dilma contém 128 páginas, enquanto o dele continha menos de uma. Ele ainda afirmou que usou advogados particulares para se defender e acabou absolvido pelo STF anos mais tarde.
O senador ainda contou que procurou o atual Governo e alertou sobre os erros que estavam cometendo, porém, foi ignorado.