O delegado do Gaeco, Alan Flore, concluiu o inquérito sobre o esquema de suborno e compra de votos na Câmara de Vereadores de Londrina, que resultou na prisão de membros ligados ao prefeito Barbosa Neto, além de um empresário e do vereador Eloir Valença.
O ex-secretário de Governo Marco Cito, o empresário Ludovico Bonato, o diretor da sercomtel Alysson Tobias de Carvalho, o vereador Eloir Valença e o chefe de gabinete de Barbosa, Rogério Ortega, foram indiciados por formação de quadrilha.
Enquanto os aliados do prefeito também foram indiciados por corrupção ativa, o vereador Eloir Valença responderá por corrupção passiva, já que, segundo as investigações do Gaeco, teria acertado financiamento de campanha em troca de apoio.
Flore adiantou que as prisões temporárias de Carvalho, Ortega e Eloir podem ser convertidas em preventivas com o mesmo argumento que levou à detenção de Cito e Bonato.
Ele explicou que o grupo estava disposto a conquistar o apoio político e ofereceu vantagens ao denunciante, vereador Amauri Cardoso, assim como ocorreu com Eloir Valença.
Flore lembrou que o monitoramento do grupo foi realizado com autorização judicial e que ficou claro que Bonato era o responsável por fazer a entrega do dinheiro, a mando de Cito, que tinha uma posição de liderança.
Ainda de acordo com o delegado do Gaeco, Ortega e Carvalho não foram presos em flagrante no último dia 24, pois não estavam nas residências deles e não foram encontrados após a prisão de Cito e Bonato.
Durante a entrevista coletiva, Flore deu detalhes do esquema que liga os quatros indiciados por corrupção ativa. "Antes de entregar os valores ao Amauri Cardoso, Ludovico Bonato passou pelo estacionamento da prefeitura e se encontrou com Marco Cito. Ali estabeleceu contato com o Rogério para saber dos valores que seriam entregues. Foi orientado a aguardar que uma pessoa truxesse o dinheiro. Essa pessoa era Alysson, que chegou ao local e repassou os valores ao Marco Cito que repassou ao Bonato para efetuar o pagamento", informou.
Investigação continua
A origem dos R$ 20 mil entregue para o vereador não foi esclarecida. Além disso, Flore disse que novos inquéritos podem ser abertos para apurar a compra de votos em projetos importantes, citados durante as gravações, como da Muralha e da Unopar.