Política

CEI da Centronic: testemunhas alegam sofrer pressão

13 jul 2011 às 18:00

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apura irregularidades nos contratos firmados entre Prefeitura de Londrina e a empresa de vigilância Centronic ouviu mais uma testemunha na tarde desta quarta-feira (13).

Quem prestou depoimento desta vez foi Paulo Iora, gerente operacional da Centronic entre os anos de 2004 e 2010.


Mas o que chamou a atenção na reunião foi a declaração do presidente da CEI, vereador Roberto Kanashiro (PSDB). Ele declarou, em entrevista coletiva, que a comissão vai parar de divulgar antecipadamente o nome das pessoas que serão ouvidas. "Muitas testemunhas alegaram que estão sendo pressionadas por interessados nas investigações e até pela imprensa. A próxima reunião já está marcada para a próxima terça-feira (19), mas não vamos revelar o nome de quem será ouvido", disse.


Lembrando que a CEI investiga denúncia, já apurada pelo Ministério Público, referente a serviços prestados por vigilantes da Centronic na rádio Brasil Sul, de propriedade do prefeito Barbosa Neto, mas que foram pagos com dinheiro público, previsto no contrato que o município possuía com a empresa de vigilância.

Já em relação ao depoimento de Paulo Iora, Kanashiro afirmou que as declarações não ajudaram a avançar as investigações. O que deve ser levado em conta, segundo o vereador, são os documentos apreendidos pelo MP na casa do ex-gerente e que a comissão vai conseguir ter acesso. "A documentação pode ser necessária para confirmar pontos que já foram analisados. Queremos também ouvir Nilson Godoes, que foi convocado para prestar depoimento nesta terça, mas não pôde vir de Curitiba para Londrina alegando que recebeu a convocação em cima da hora", destacou Kanashiro, referindo-se ao proprietário da Centronic.


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