A Comissão Processante (CP) da Centronic ouviu seis testemunhas durante toda esta quarta-feira (6) no caso em que vigilantes da empresa teriam trabalhado na rádio Brasil Sul, de propriedade do prefeito Barbosa Neto, mas recebido dinheiro público, previsto em contrato firmado entre a Centronic e a Prefeitura de Londrina. Cada pessoas foi ouvida por aproximadamente meia-hora. Foram ouvidos vigilantes, servidores públicos e funcionários da empresa investigada e da emissora de rádio de Barbosa. "Quem já havia vindo prestar depoimento pela Comissão Especial de Inquérito confirmou o que já havia afirmado à CEI", contou o presidente da CP, vereador Roberto Kanashiro (PSDB) em entrevista à rádio CBN Londrina.
Segundo ele, nos holerites dos vigilantes, o município consta como pagador. A comissão quer analisar mais documentos com o objetivo de comprovar se a rádio Brasil Sul chegou a pagar pelos serviços prestados pela Centronic. A CP espera conseguir toda a documentação com a Caixa Econômica e com a Receita Federal.
O advogado do prefeito Barbosa Neto admitiu que existem, de fato, irregularidades nos contratos firmados entre a Centronic e a prefeitura. No entanto, Rodrigo Sanchez Rios culpou a empresa de vigilância pelos problemas. "A Centronic errou quando emitiu os holerites. Isso foi feito sem autorização do prefeito", argumentou.
Ele também reconheceu que houve falhas nos acordos. "A gestão dos contratos não fiscalizou os problemas", afirmou.
A Comissão Processante volta a colher depoimentos na próxima quarta-feira (13). Serão ouvidas as três últimas testemunhas e o próprio prefeito Barbosa Neto, que pediu para ser ouvido na defesa apresentada à Câmara. (com informações da rádio CBN Londrina)