Política

Carne da merenda tinha coliformes fecais, aponta laudo

17 jun 2009 às 20:15

O presidente da comissão que investigou as irregularidades no fornecimento da merenda escolar e no contrato entre a prefeitura e a SP Alimentação, João Carlos Perez, confirmou nesta terça-feira (16) durante audiência na Câmara Municipal, que um laudo técnico expedido pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) apontou existência de coliformes fecais em amostra de carne fornecida pela SP.

Apesar da gravidade da situação, Perez não soube informar em que período foi registado o problema dos coliformes fecais e nem se alguma das 19 autuações já aplicadas à empresa - que somam R$ 264 mil - se refere a essa questão. "Esse relatório chegou a nós depois que encerramos os trabalhos", disse.


O contrato entre a terceirizada é o município é de R$ 10,4 milhões. Em razão das inúmeras irregularidades apontadas até agora na prestação de serviço, principalmente, relativas à falta de qualidade, levou o vereador Rony dos Santos Alves (PTB) pedir intervenção do Ministério Público, já que o contrato, por enquanto, segundo a administração municipal, não será rescindido.


"Existe prova de que as cozinhas usadas não têm licença da Vigilância Sanitária e o fato do vice-prefeito (José Joaquim Ribeiro) ser dono de escritório de contabilidade que atende a SP fere brutalmente o princípio constitucional da impessoalidade", afirmou Rony Alves à Folha.


Entre as irregularidades já apontadas estão a entrega de maçãs podres para a Escola Municipal Eugênio Brugin, no Conjunto São Lourenço, zona sul, em março deste ano. A irregularidade foi constada pelo Conselho de Alimentação Escolar.


Reportagem da Folha de Londrina também demonstrou que, em vez de servir as carnes previstas no contrato (coxão mole e duro e patinho), a SP servia fraldinha de diafragma, peça considerada miúdo bovino.


O secretário de Governo, José do Carmo Garcia, disse que a prefeitura abrirá nova licitação para a merenda a partir de julho. (Com informações da Folha de Londrina).



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