Política

Candidato-sensação da Bahia aparece na TV de costas

05 set 2002 às 16:17

A sensação da campanha na Bahia é o candidato a governador do Partido dos Aposentados da Nação (PAN), Rogério da Luz, o Da Luz, como prefere ser chamado, de acordo com o jornal A TARDE. Ao aparecer no Horário Eleitoral da televisão de costas, sem nunca ter mostrado o rosto, com um paletó de luzes piscantes que desenham o nome 'Da Luz', virou o diferente. 'Nós só dispúnhamos de 50 segundos e tínhamos que bolar uma estratégia para passar uma mensagem séria e chamar a atenção. Não podíamos imitar Enéas. Daí nasceu a idéia de ficar de costas', diz ele.

Rogério tem 34 anos, solteiro, nasceu em Jundiaí, São Paulo, e está radicado na Bahia há sete anos. É analista de sistemas e empresário do ramo imobiliário em Porto Seguro. Diz que escolheu o PAN para filiar-se por entender que os aposentados, 'um dos segmentos mais oprimidos entre os excluídos', são grandes vítimas das injustiças oficiais brasileiras.


'Meu pai e minha mãe se aposentaram ganhando dez salários mínimos. Hoje só tenho minha mãe. Somando o salário e a pensão ela ganha seis mínimos. Fica cada dia mais pobre. Então resolvi juntar a força da juventude com a experiência dos velhos e lutar contra isso', fala, assinalando que vai votar em Lula para presidente.


No começo, Da Luz pretendia ficar de costas poucos programas, não mais que três, mas afirma que o sucesso da estratégia foi tanto que ele resolveu prolongar. 'De início meus companheiros de partido acharam a idéia ridícula. Hoje todos estão convencidos de que eu estava certo', observa ele. O exemplo do sucesso, segundo ele, está nas ruas, quando sai em campanha, pela receptividade da população.

Embora nunca tenha aparecido na tevê de frente, ele é facilmente reconhecido por populares porque sempre usa o paletó com 750 lâmpadas (das que se usa em árvores de Natal) alimentadas por uma bateria que piscam também na parte da frente. Ainda não sabe se vai mostrar o rosto. Decisão que tomará dentro de uns 15 dias, mais ou menos, mas garante que se aparecer o público vai ter mais surpresas. 'Não vou dizer como para não perder o impacto, mas quem viver, verá', assegura.


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