Política

Campos defende PPPs e promete reforma tributária em 2015

30 jul 2014 às 13:39

Brasília - O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, defendeu nesta quarta-feira (30) a adoção de parcerias público-privadas (PPPs) para alavancar a infraestrutura do País. Em discurso repleto de críticas à administração da presidente Dilma Rousseff (PT), ele afirmou que desde 2010 a indústria brasileira está "estagnada" e que o "preconceito com o lucro" mata o investimento.


"O Estado não tem no orçamento recursos para fazer a infraestrutura. Precisa da poupança externa e interna privada. Não pode se dar ao luxo de quer impor uma regulação que leve o empreendedor ao prejuízo", afirmou. Ele lembrou que implementou PPPs em sua gestão como governador de Pernambuco em áreas como saneamento e rodovias, "após grande debates com a sociedade" e com "segurança jurídica".



Campos também fez promessas. Garantiu que será "o primeiro presidente do ciclo democrático a não aumentar a carga tributária" e que enviará o projeto de reforma ao Congresso Nacional na primeira semana de seu mandato. "A forma de fazer é aprender com os erros que foram cometidos lá atrás. Um deles foi tentar efetivar (a reforma tributária) imediatamente. Há diversos modelos. Vamos priorizar a votação no primeiro semestre de 2015, mobilizando a sociedade para que ela participe. E teremos a visão clara que de que ela precisa entrar em vigor por etapas, para dar segurança àqueles que muitas vezes correm para impedi-la por medo de perder receita no curto prazo".



O discurso foi acompanhado por cerca de 700 empresários de todo o Brasil, que lotam hoje o auditório da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O chamado "Diálogo da Indústria", organizado pela CNI, tem como objetivo debater com os presidenciáveis as propostas do setor para a economia. Entre os temas destacados estão a redução nas taxas de juros, o aperfeiçoamento da política de concessões em infraestrutura e até algumas medidas impopulares, como as alteração no cálculo de reajuste no salário mínimo. As questões foram elencadas em um documento com 42 estudos, distribuídos por dez áreas, que a CNI enviou dois dias antes aos candidatos.


O pessebista chegou à sede do órgão às 10h10, acompanhado da sua vice, Marina Silva (PSB), e saiu por volta de 11h50. Depois de discursar e responder a perguntas de representantes de associações e federações da área, ele concedeu entrevista coletiva. Na conversa com os jornalistas, o ex-governador de Pernambuco teceu críticas à administração da Petrobras - "única petroleira que quanto mais vende combustível mais tem prejuízo" - e defendeu uma reforma política "não eleitoreira", que acabe com a reeleição, garanta mandatos de cinco anos e comece a construção de uma base nacional de partidos. Agora, quem discursa é o tucano Aécio Neves. Já a presidente Dilma Rousseff (PT) é esperada às 15h30, para fechar o evento.


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