O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), disse, hoje (19), que espera, até o início de fevereiro, unificar a Casa em torno da sua candidatura à reeleição, inclusive com o apoio do deputado Sandro Mabel (PR-GO), que também postula o cargo. Maia já conta com o apoio institucional de praticamente todos os partidos, inclusive o PR que, ontem, organizou um jantar para consolidar a aliança em torno de sua candidatura.
Apesar disso, ele mantém cautela ao afirmar que apoio partidário não significa, obrigatoriamente, o voto dos deputados. Por isso, mantém uma agenda de contatos individuais e com bancadas para evitar qualquer surpresa no dia 1º de fevereiro, quando serão eleitas as mesas diretoras da Câmara e do Senado para o biênio 2011-2012.
"O deputado Sandro Mabel é o candidato que se coloca. Trata-se de um líder experiente, reconhecido na Casa. O Sandro vai saber, na hora certa, tomar a melhor decisão para a Câmara dos Deputados e [assim] estarmos juntos nesse projeto de valorização da Casa", afirmou Marco Maia em entrevista ao programa 3 a 1, da TV Brasil, que vai ao ar, hoje, a partir das 22 horas. O programa, ancorado por Luiz Carlos Azedo, teve a participação dos jornalistas da EBC Eudes Junior e Tereza Cruvinel.
O presidente da Câmara disse, ainda, que o apoio conquistado é consequência do compromisso que assumiu com os líderes de respeitar o critério da proporcionalidade (tamanho das bancadas eleitas em 2010) na hora de preencher os cargos da Mesa Diretora e das presidências das comissões. "Essa é uma proposta que agrada a todos e pode gerar uma chapa de consenso, inclusive sem disputa para os outros cargos da Mesa", disse Maia.
O presidente da Câmara ressaltou que, nas conversas, assumiu o compromisso de garantir o fortalecimento político da Casa e, para isso, aposta no diálogo com os líderes para definir a pauta de votações. Quanto a eventuais críticas do governo ao trabalho parlamentar, Marco Maia destacou que o Legislativo tem atuado com presteza na apreciação de matérias encaminhadas pelo Executivo. Como exemplo, citou o projeto Minha Casa, Minha Vida, aprovado no ano passado.
Por outro lado, ele destacou a autonomia do Congresso para debater propostas polêmicas, como a medida provisória que reajustou o salário mínimo para R$ 540. Ele ressaltou que é função do parlamentar debater e apresentar alternativas de aperfeiçoamento de matérias encaminhadas pelo Executivo