Política

Câmara desviou recursos de padaria e lavagem de carros

30 nov 2012 às 18:06

O Ministério Público denunciou 14 pessoas pelo crime de peculato e formação de quadrilha em esquema que desviou recursos da Câmara Municipal de Apucarana durante aquisição de produtos de mercado e padaria e na prestação de serviços de lavagem de carro e de publicidade. Um comerciante também foi denunciado por prestar falso testemunho.

Cinco pessoas tiveram a prisão preventiva decretada, entre eles, o presidente da Câmara, Alcides Ramos Júnior (DEM), que é considerado foragido da justiça. Nesta sexta-feira (30), duas servidoras da Casa foram detidas, sendo que uma delas teve a prisão revogada por colaborar com as investigações. Os funcionários comissionados Thiago Henrique Camotti e Henslei Rocha Burihan também não foram encontrados e são considerados foragidos.


De acordo com o promotor de Justiça de Proteção do Patrimônio Público, Eduardo Augusto Cabrini, as investigações começaram após a denúncia de desvio de recursos, por meio de material de publicidade, o que levou a realização de busca e apreensão de computadores e notas fiscais da Câmara em outubro. "Após a análise dos documentos, as outras irregularidades foram encontradas", explicou o promotor.


Segundo a denúncia, R$ 16.020,00 foram desviados com a contratação de empresa de publicidade, "possibilitando o pagamento dos valores, sem que houvesse a prestação dos serviços."


Além disso, o esquema teria desviado R$ 1.150,00 dos cofres público com lavagem de veículos. "De forma continuada, a lavagem de veículos particulares, não oficiais, creditando o serviço em notas fiscais posteriormente apresentadas para pagamento à Câmara Municipal, sob a descrição de lavagem dos veículos Astras e Prima da Câmara Municipal, em um total de 74 lavagens para um período de quatro meses", informa a denúncia.


Na compra de produtos provenientes de padarias, o suposto esquema teria fraudado aquisições que totalizam aproximadamente R$ 5 mil. O desvio em produtos de um mercado ultrapassou os R$ 12,5 mil. Até a compra de um data-show no valor de R$ 1,7 mil teria recursos desviados em proveito dos envolvidos no esquema.

Por meio da assessoria de imprensa, a Câmara informou que os vereadores vão se reunir na próxima segunda-feira (3) para discutir o assunto.


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