A Câmara Municipal de Tamarana aprovou, nesta segunda-feira (19), a abertura de uma CP (Comissão Processante) para investigar a prefeita Luzia Suzukawa (PSD). A sessão foi marcada por bate-boca entre base e oposição. Suzukawa, que é candidata à reeleição, foi denunciada por Ivan Bribis Rodrigues.
A composição da CP foi definida por sorteio: Angélica de Oliveira Lima (PSD), como presidente; Jislaine Pereira Ferraz (PSD), como relatora; e Anauto Souza de Gouveia (Republicanos), como membro.
Durante a votação, os vereadores Hector Siena Gobetti (Republicanos), Silvano Rodrigues de Oliveira (PSDB), Mario Torres Bittencourt Júnior (Republicanos) e Anauto Souza de Gouvea foram favoráveis à abertura da CP. Já Angélica de Oliveira Lima, Jislaine Pereira Ferraz, Elias de Moraes (PSD) e Edson de Souza (MDB) foram contra. Quem desempatou foi o presidente Tega Fabiano (PSDB), que foi favorável.
Segundo a denúncia, que acusa a prefeita de crime de responsabilidade, ela teria "se utilizado de seu cargo e influência para beneficiar pessoas que fazem parte de seu grupo político, por meio de nomeações direcionadas e manipulação das contratações das empresas que prestam serviços ao município”.
O denunciante afirma que diversas empresas terceirizadas fornecem mão de obra para o município - na saúde, por exemplo -, mas alega que os contratos são “maculados pela atuação ilícita da prefeita”.
“Isso porque, boa parte desses funcionários contratados são, na verdade, apaniguados seus políticos. O denunciante possui extenso material que faz prova que a atual chefe de gabinete do município, Aparecida Yoko Nakaoka Rochedo, que inclusive é tia da prefeita, em um vínculo que configura claro nepotismo, é a responsável por selecionar e determinar, diretamente do gabinete do Executivo, quem serão os contratados por essas empresas terceirizadas, escolhendo apenas empregados que manifestamente dão apoio político à chefe do Executivo”, diz o denunciante.
O documento ainda apresenta prints de conversas de Rochedo em que, segundo Rodrigues, ela “interferia diretamente na contratação dos funcionários das terceirizadas, como se os empregados da empresa fossem uma extensão do serviço público”.
Outro ponto citado são supostas nomeações ilícitas. "[...] quando o município encerra o contrato com a empresa, até um novo procedimento licitatório ser iniciado, a prefeita indica os mesmos funcionários para cargos públicos, sem qualquer respaldo legal, a fim de manter essas pessoas vinculadas ao seu grupo político", acrescenta.
Procurada, a prefeita Luzia Suzukawa não se manifestou até o fechamento desta edição.