O ano de 2014 é o último em que os vereadores de Londrina poderão conceder honrarias à vontade. A partir de 2015, o regimento interno da Casa prevê a restrição de uma honraria por ano de autoria de cada vereador. Desta forma, o parlamentar poderá oferecer no máximo quatro títulos durante a legislatura.
A alteração no regimento interno deve diminuir o alto volume de honrarias propostas pelos vereadores londrinenses. Conforme levantamento no setor de transparência no site oficial da Câmara, 15 honrarias foram sancionadas até o início de maio. Nos primeiros quatro meses, foram 13 homenagens, média de pelo menos três por mês.
Do total, são dez títulos de cidadão honorário, três medalhas Ouro Verde e dois títulos de cidadão beneméritos oficializados. O título de cidadão honorário é concedido à pessoa que não nasceu no município, mas se torna cidadão londrinense por reconhecimento aos serviços prestados. Já o cidadão benemérito é destinado ao londrinense que se destaca em suas atividades em prol do município. Para instituições que contribuem com a sociedade londrinense, a Câmara concede a medalha Ouro Verde.
Em entrevista ao portal Bonde, o presidente da Câmara, vereador Rony Alves (PTB), classificou a mudança como positiva. "O vereador vai precisar de mais critério na hora de conceder a honraria, que passará a ser ainda mais valorizada", comentou.
Sobre os títulos sancionados neste ano, Alves considera o número alto, o que acaba 'vulgarizando' as honrarias. "Todos nós vereadores temos que ser mais prudentes. Um número menor de títulos concedidos a partir do próximo também deve otimizar o tempo de trabalho dos vereadores. Em anos anteriores tivemos a concessão dos títulos em cerimônias na segunda, quarta e sexta-feira, além das sessões ordinárias de terça e quinta-feira".
Questionado se uma 'avalanche' de honrarias pode ocorrer neste ano por conta da limitação prevista, o presidente da Casa respondeu que Legislativo tomará cuidado para que o número de cerimônias necessárias para entrega de títulos não seja muito alta. "Se a gente percebe uma possível avalanche, vamos realizar uma reunião interna com os vereadores para que as cerimônias não se acumulem para os próximos meses", garantiu.