Com um placar folgado - oito votos a favor e um contra -, a Câmara de Cambé (Região Metropolitana de Londrina) aprovou seis projetos de reposição salarial de 10% para os próprios vereadores, o prefeito Conrado Scheller (DEM), o vice dele, Zezinho da Ração, e secretários municipais. Servidores do Legislativo e Executivo devem receber um percentual um pouco maior, 10,54%.
Dos nove parlamentares que participaram do debate, apenas Igor Matheus (PL) votou contra. A discussão aconteceu em duas sessões realizadas nesta segunda e terça-feira (22). As propostas que aumentam os salários dos políticos, funcionários públicos e cargos comissionados levam em conta o índice do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) apurado para janeiro deste ano.
A votação ocorreu em bloco, ou seja, todos os projetos foram aprovados de uma só vez. O pedido foi do vereador Carlinhos da Ambulância (PTB). Em entrevista à FOLHA, ele explicou a decisão. "Íamos votar seis projetos que falam sobre a mesma coisa. Sugeri juntar tudo, o que foi aceito pelos meus colegas", afirmou.
Em Cambé, cada parlamentar recebe R$ 5.978,67. Com a aplicação dos 10%, o salário sobe para cerca de R$ 6,5 mil. "Não é um reajuste, é apenas a reparação do que perdemos financeiramente. Vereador aqui (Cambé), pro tanto que trabalha, não ganha tão bem. Pra se ter uma ideia, recebemos menos que os vereadores de Tamarana", disse. Segundo o Portal de Transparência da cidade citada, a remuneração bruta é de R$ 6,7 mil.
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