Política

Câmara aprova relatório da CEI da Centronic

15 dez 2011 às 17:52

O relatório da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Centronic, foi aprovado nesta quinta-feira (15) na Câmara Municipal de Londrina, com 12 votos e 6 abstenções. A CEI sugere o pagamento de propina durante o processo licitatório de contratação da Centronic e o pagamento indevido com recursos públicos de funcionários privados que prestavam serviços à Rádio Brasil, de propriedade do prefeito, Barbosa Neto.

Segundo o relatório da CEI, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apreendeu na casa do ex-gerente da Centronic em Londrina, Paulo Iora, documentos com nomes e valores, supostamente de propinas. Entre eles, o nome "Ronaldo" que recebeu três pagamentos de R$ 10 mil. Segundo o relator da CEI, Rony Alves (PTB), o único "Ronaldo" identificado durante as investigações é o pregoeiro responsável pela licitação, que não faz parte do quadro de funcionários do município atualmente. Aém disso, o funcionário da prefeitura, Pedro Afonso, recebia R$ 2.500,00.


O relator ainda apresentou duas propostas semelhantes encaminhadas a licitação e questionou a origem dos documentos, que possuíam até os mesmos erros de português. Uma das propostas era da Centronic.


A CEI também aponta que vigilantes foram contratados pelo município com salário de R$ 1.147,36, no entanto, o serviço prestado pela Centronic era realizado por vigias, que recebiam R$ 662,88. Além disso, pontos de segurança públicos e privados ficavam próximos facilitando a vigilância em ambos, com prioridade para os particulares.


O relatório também mostrou que existia ligação entre a Rádio Brasil Sul e a Centronic, que não caracteriza permuta já que a empresa de vigilância teria um crédito de aproximadamente R$ 43 mil, não utilizado em propagandas.


Jacks poupado


A CEI da Centronic foi aprovada o exceto o item 4.2, que apontava o suposto envolvimento do vereador Jacks Dias (PT) em irregularidades no processo de licitação que contratou a empresa de vigilância.


Secretário de Gestão Pública, em 2006, quando o contrato foi assinado, o vereador teria recebido propina no valor de R$ 52 mil conforme os documentos apreendidos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), apresentado pelo relator da CEI, Rony Alves (PTB).

Confira o placar da votação:


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