O advogado e então assessor de Antonio Palocci quando ele ainda era prefeito de Ribeirão Preto (SP), Rogério Tadeu Buratti, 42, informou nesta sexta-feira (19) ao Ministério Público que o atual ministro da Fazenda recebia R$ 50 mil por mês das empresas de coleta de lixo da cidade.
O dinheiro seria depois repassado ao ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, que já admite ter montado um esquema de caixa dois para financiar campanhas políticas do partido.
Ontem, Buratti aceitou acordo de delação premiada que prevê redução de penas caso seja condenado e suas declarações sirvam ao Ministério Público Federal.
Buratti está preso desde quarta-feira na Delegacia Seccional de Ribeirão Preto.
Ele teve a prisão temporária decretada por cinco dias, acusado de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e destruição de provas, pelo juiz da Vara de Execuções Criminais de Ribeirão Preto, Luiz Augusto Teotônio.
De acordo com o promotor do Gaerco, Sebastião Sérgio da Silveira, as acusações contra Buratti constam de um novo inquérito, aberto na semana passada.
Em ligações grampeadas com autorização judicial, Buratti pedia ao corretor Claudinei Mauad que eliminasse provas sobre a aquisição de uma fazenda no município de Buritizeiro, em Goiás, e duas empresas de ônibus, uma em Rancharia e outra em Presidente Venceslau, ambas no Estado de São Paulo.
Os negócios envolveriam R$ 2,6 milhões. O Ministério Público suspeita de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Fonte: FolhaOnline e Agência Estado