Com nove partidos formando a coligação que disputa a Prefeitura de Londrina nestas eleições, Marcelo Belinati (PP) ficou com a maior fatia do tempo para a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV. Dos dez minutos disponibilizados pela Justiça Eleitoral em cada programa, serão 3 minutos e 19 segundos para a chapa encabeçada pelo candidato. Na sequência, está o candidato Valter Orsi (PSDB), com 1 minuto e 59 segundos.
O cálculo do tempo a ser distribuído a cada candidato respeita a nova legislação, aprovada no ano passado: 90% distribuídos proporcionalmente ao número de deputados federais dos seis maiores partidos que integram a coligação. Os outros 10% devem ser distribuídos igualitariamente. No rádio, a propaganda será transmitida em dois blocos, das 7h às 7h10 e das 12h às 12h10. Na televisão, os candidatos vão se apresentar das 13h às 13h10 e das 20h30 às 20h40. O início será no próximo dia 26 de agosto, sexta-feira, e vai até o dia 29 de setembro, dois dias antes da votação em primeiro turno.
Com grande bancada em Brasília, o PMDB deu significativa contribuição para esticar o tempo de Belinati. Ele, porém, negou que o chapão, com nove siglas, tenha sido apenas para ampliar o espaço. "Foi realmente por uma convergência de ideias." Grupos de peemedebistas que eram contrários à aliança criticavam, abertamente, durante as convenções, as divergências com o PP.
Belinati elogiou outra mudança para a campanha deste ano nas mídias. "É interessante que 75% do tempo deve ser utilizado com o candidato falando, sem grandes produções, isso vai equilibrar a apresentação e nós vamos usar este tempo para propostas importantes para o crescimento da nossa cidade."
Orsi, que terá o apoio do prefeito Alexandre Kireeff (PSD), afirmou que tem boas expectativas com a propaganda na TV e no rádio. "Será muito importante neste momento, porque o tempo de campanha é reduzido para colocarmos as nossas ideias e projetos. No meu caso, como tenho uma trajetória em vários movimentos da cidade, vamos resgatar essa história em nossos programas."
O candidato do PT, Odarlone Orente, com 1’19’, falou que será "suficiente para levar a nossa mensagem, sempre na perspectiva de colocar o povo em primeiro lugar, em defesa da democracia e das conquistas do partido". Ele citou as três gestões do partido na cidade, com Luiz Eduardo Cheida (1993-1996) e duas com Nedson Micheleti (2001-2008). Para Orente, "a propaganda na TV servirá para impulsionar a campanha pelas redes sociais".
Já o candidato André Trindade (PPS), com 1’18", disse que vai "otimizar o tempo, apresentar a nossa candidatura nos primeiros programa e depois colocar as nossas propostas para a cidade". "Vamos dar o nosso recado", completou.
Sandra Graça (PRB), com 1’08’, prefere uma abordagem mais geral. "Não vamos detalhar um programa de governo na TV, mesmo que o tempo fosse maior, então, será importante para uma macroapresentação, que depois poderá ser melhor debatida nas reuniões que estamos fazendo. O objetivo na TV é que as pessoas saibam quem são os candidatos, sentir como cada um está se apresentando e colocando as suas ideias."
Paulo Silva (Psol) está satisfeito com o seu tempo de 0’12’. "Fiquei feliz com esse tempo, achava até que seria menor. Vai ser um programa criativo, interativo, com consciência. Apesar de termos somente 12 segundos, não concordamos com a ideia de coligar apenas para ter mais tempo de TV", criticou Silva.
Com o menor tempo entre os oito candidatos à prefeitura de Londrina, 0’11’, Flavia Romagnoli (Rede) afirmou que vai compensar com a atuação nas redes sociais. "É pouco, mas deste pouco vamos fazer muito. Não reclamamos de nada, vamos aproveitar o que temos, até porque a Rede tem um trabalho bom nas redes sociais e vamos continuar assim."
A reportagem não conseguiu falar com o candidato Luciano Odebrecht (PMN), que vai utilizar 0’29’.