Representantes de movimentos sociais, sindicatos e partidos políticos realizaram um protesto pacífico na tarde de segunda-feira (9), em frente do Teatro Ouro Verde com o objetivo de defender os processos democráticos e se manifestar contra a tentativa de golpe por um grupo de terroristas em Brasília, no domingo (8).
Letícia Arcanjo Freitas, do Levante Popular da Juventude, afirmou que diante dos crimes que aconteceram em Brasília e em outros locais do País e do decreto do presidente Lula, as organizações populares, os movimentos e partidos políticos decidiram pela convocação deste ato em todo o território nacional. “Essa mobilização é em defesa da democracia e das liberdades democráticas e para que a gente reivindique a investigação e punição dos responsáveis por estes atos criminosos. A gente sabe que o movimento deles é organizado, e ocorre em vários quartéis e rodovias e, agora, em prédios públicos de Brasília”, declarou.
Ela sabe que existe uma base social bolsonarista em Londrina desde 2018, e diz que houve escalada das ações mais extremistas a ponto de partir para o crime e para a ameaça à soberania popular. “Isso teve sua expressão na eleição do Lula. Essas pessoas devem ser investigadas. Infelizmente nesse ato em Brasília houve uma quantidade enorme de pessoas da cidade. A gente espera que essa denúncia conscientize as pessoas de que a invasão foi criminosa e espera que outras pessoas não participem de atos semelhantes.” Ela afirmou que é preciso que a população não saia das ruas e faça o contraponto aos bolsonaristas que estão incitando este tipo de ação.
Maria Giselda de Lima Fonseca, representante do Comitê Popular de Luta Brasil Livre, ressaltou que a democracia tem que ter o contraditório, senão não é democracia. “Porém ela não pode se tornar um ato terrorista como o que ocorreu em Brasília, quebrando bens públicos e rasgando a nossa história. Estamos aqui para pedir punição dos mandantes e para quem financiou os ônibus. Todos têm o direito de defesa dentro do processo legal, mas não pode ter clemência a quem agiu como terrorista”, argumentou.
O professor Sérgio Carvalho, ex-reitor da UEL, afirmou que o ato é uma manifestação em defesa da democracia no Brasil. “Eu, com mais de 50 anos, vi uma manifestação de ataque contra as instituições democráticas que nunca tinha visto. Qualquer um pode se manifestar a favor ou contra algo, mas não pode se manifestar pregando o golpe de Estado ou atacando e depredando o patrimônio público, principalmente aquele que representa a democracia brasileira. Todos os poderes foram atacados ontem e devemos protestar veementemente contra isso”, declarou.
A vereadora Leni de Assis ressaltou que o ato buscou unificar centenas de outros atos que aconteceram ao longo do dia no País e no exterior em prol da democracia. “O ato reafirma a importância dos Três Poderes para unificar o nosso país. A população foi a maior vítima do que aconteceu no domingo. Esse ataque golpista foi contra a democracia brasileira. Não vamos permitir isso. É fundamental que Estados e Municípios estejam atentos para atitudes como essa, terroristas e fascistas. Estamos apoiando essa manifestação para que qustões como essa fiquem no passado e não destruam conquistas”, declarou.