Política

Álvaro Dias classifica balanço de Lula como 'ficcional'

20 dez 2010 às 18:47

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) manifestou indignação pelo registro em cartório, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de documentos contendo os atos do seu governo. De acordo com o parlamentar, "o balanço fica na conta do escárnio, do acinte, do deboche, porque é extremamente ficcional".

Em pronunciamento nesta segunda-feira (20), o líder do PSDB afirmou que "elogio em boca própria é vitupério", mas é a norma adotada pelo presidente Lula para proclamar seus feitos e conquistar a grande popularidade que desfruta, de acordo com vários institutos de pesquisa. Mas o senador lembrou que "há controvérsias" quanto a essa popularidade, já que "quase 80 milhões de eleitores não votaram na candidata que o presidente escolheu" - mais de 50% do eleitorado.


De acordo com o representante paranaense, o presidente coloca em seu balanço "obras não realizadas" como as ferrovias Norte-Sul e Transnordestina e as hidrelétricas de Girau e Santo Antonio. Outras, como o trem-bala e a usina de Belo Monte "não passam de promessas já adiadas".


Para Alvaro Dias, a conta registrada em cartório pelo presidente "tem só uma coluna, a do crédito", faltando a coluna do débito. A palavra dengue, exemplificou, é citada apenas uma vez nos cinco volumes de documentos, e para dizer que o governo combateu a doença. O líder do PSDB lembrou que houve mais de 900 mil casos no Brasil nos primeiros 10 meses do ano.


"A saúde pública é um desastre rotundo, como diria Leonel Brizola", afirmou o senador, para quem o setor enfrenta "um caos sem precedentes".


O senador disse que o relatório também não menciona "os gargalos em portos e aeroportos" e cita o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como "uma ferramenta perfeita" na educação.


"Imaginem se não fosse!", afirmou Alvaro Dias. O último exame do Enem foi reaplicado em diversos lugares por falhas na realização da prova.


Alvaro Dias afirmou que seu pronunciamento "deveria ser um discurso sem fim", tantas as mazelas que, em sua opinião, afetam o governo.

O senador disse ainda da tribuna que "a eleição desse ano foi sem dúvida uma eleição corrupta, provavelmente a mais corrupta da história do Brasil".


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