O advogado de Nova York, David Eric Spencer, que segundo reportagem publicada pela revista ''IstoÉ'' no último domingo teria aberto a empresa June International Corporation para ''lavar'' dinheiro a pedido do ex-presidente do Banco do Brasil e caixa de campanha do PSBD, Ricardo Sérgio de Oliveira, negou esta semana o envolvimento do tucano no caso. Em entrevista concedida por Spencer ao jornal ''Folha de S.Paulo'', publicada na edição de ontem, o advogado afirma que a empresa foi aberta nos Estados Unidos ''a pedido do Banestado'' do Paraná.
Segundo a ''IstoÉ'', um laudo da PF aponta que da June International saiu parte do dinheiro que abasteceu a conta existente na agência do Banestado em Nova York, batizada com o nome ''Tucano''. Por essa conta, Ricardo Sérgio teria enviado ilegalmente para o exterior R$ 56 milhões entre os anos de 1996 e 1997.
Em outro trecho da entrevista, o repórter da ''Folha de S.Paulo'' que assina a entrevista, Rubens Valente, pergunta ao advogado quem são os donos da June, já que Spencer afirma que Ricardo Sérgio não está envolvido. O advogado então responde. ''Isso é um assunto entre mim, o Banestado e a Polícia Federal.''
Em entrevistas concedidas à Folha de Londrina, os três ex-presidentes do Banestado, de 1995 a 1998, negam conhecimento de qualquer irregularidade. O último, Reinhold Stephanes, disse, via assessoria, que quando assumiu a presidência do banco, em janeiro de 1999, resolveu fechar as agências de Nova York e das Ilhas Cayman por causa das notícias sobre irregularidades.