A Justiça de Cascavel decretou, na última semana, a indisponibilidade de bens do ex-secretário de Indústria e Comércio do Município Marco Aurélio Beck Lima; do ex-presidente do Instituto de Previdência do Município de Cascavel (IPMC) José de Jesus Lopez Viegas e do funcionário do IPMC, Cléber Vicente. Eles são acusados de desviar recursos do instituto e tiveram a indisponibilidade de bens solicitada pelo promotor de Defesa do Patrimônio Público, Carlos Alberto Choinski.
Os três acusados teriam desviado recursos públicos através da troca de cheques destinados a pagamento de prestadores de serviço do IPMC por dólares na casa de câmbio Facmatur. A operação teria acontecido durante a última administração municipal e só foi descoberta no final do ano passado. Foi quando as denúncias de irregularidades chegaram ao Ministério Público (MP).
De acordo com as investigações da promotoria, dez cheques nominais (que totalizam R$ 67,5 mil), foram desviados do Instituto de Previdência. Para se chegar aos números, o Ministério Público ouviu fornecedores que não receberam os cheques, além de analisar cópias de vários documentos. Entretanto, a confirmação dos desvios aconteceu após o depoimento do proprietário da casa de câmbio, Arnaldo Ribeiro de Souza. Ele falou sobre a troca de cheques por dólares.
Beck Lima e Cléber Vicente foram denunciados por peculato doloso - são acusados de desviar ou se apropriar de dinheiro público. Eles também teriam falsificado notas fiscais como sendo de um hospital, confirmando o recebimento de um dos cheques. Já Viegas foi denunciado por peculato culposo (por ter assinado os cheques) sem a solicitação de notas fiscais e de empenho que comprovassem o destino dos mesmos.